Anvisa esclarece sobre benefícios do ômega 3 presentes em pescados 30 de outubro de 2017
Sociedade Brasileira de Cardiologia mostrou que a quantidade de ômega 3 no salmão é pouca perto do que sempre foi falado
Foram publicadas recentemente novas regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa sobre a divulgação das propriedades de ômega 3. Houve uma restrição por conta de uma quantidade mínima que cada produto precisa ter para se apropriar dessa designação, tanto no produto quanto para a divulgação.
No entanto, as novas alegações sobre o ômega 3, importante aliado da saúde pelos benefícios que oferece, inclusive pela quantidade de colesterol bom o HDL, não mudam nada sobre a importância do consumo do mesmo. Porém, alguns esclarecimentos devem ser observados para potencializar as benfeitorias do ômega 3 e extrair o máximo de suas propriedades.
A Anvisa ressalta que, para que seja funcional, ou seja, para que tenha efeitos diretos na saúde do indivíduo, o consumo de ômega 3 deverá ser acima de 100 mg por produto, sendo que os pescados, diferentemente do que se pensava, possuem uma quantidade insignificante desse componente.
Sendo assim, pode-se induzir o consumidor a erro, alegando que o consumo de pescado, por si só, pode contribuir para a manutenção da saúde, quando, na verdade, seu consumo deve estar associado a uma dieta e a hábitos saudáveis.
Um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia – SBC mostrou que o salmão é um dos peixes que contém maior parte de gorduras poli-insaturadas, isto é, ela auxilia no aumento do colesterol bom, o HDL. Portanto, para aproveitar seus benefícios, deve-se consumir uma quantidade bastante elevada do produto.
Veja na integra as resoluções técnicas e informativas liberadas pela ANVISA.
Como funciona com relação aos pescados
O consumo de pescados contribui para o desenvolvimento do ômega 3, quando esses são consumidos com outros alimentos dessa mesma característica: “Vale lembrar que, além desse consumo, deve-se ter uma dieta equilibrada que inclui gorduras saudáveis e praticar exercícios físicos regularmente”, destaca Carlos Santos, do setor de controle de qualidade da Premier Pescados.
O profissional ainda esclarece que pode haver um certo estranhamento por parte do leitor com relação à nova normativa da Anvisa, pois a legislação deixa claro que o consumo ideal precisa estar acima de 100 mg – para contribuir no desenvolvimento do ômega 3 –; e o pescado, conforme analisado pela SBC, tomando como base um filé de 100 g, tem cerca de 0,29 g ou 0,00029 mg de ômega 3. “Para atingir o consumo recomendado de 2.000 mg por dia, é necessário consumir cerca de 20 kg de salmão em um dia, o que é impossível. Anteriormente o consumo sugerido era de 100 mg/dia, mas o novo estudo provou ser ineficaz essa quantidade”, esclarece Carlos Santos.
Diante das informações apresentadas, é importante verificar o que pode ou não ser divulgado, com o intuito de ser o mais transparente possível para não induzir o leitor ao erro. Temos que mostrar, de forma clara, que o consumo do pescado contribui para uma pequena parte do desenvolvimento do ômega 3, mas, para alcançar a quantidade ideal, é necessário consumir outros produtos, além de manter hábitos saudáveis”, finaliza o controle de qualidade da Premier.
Ômega 3 x salmão: mitos e verdades
Criou-se, no mercado, uma afirmação de que o salmão era rico em ômega 3. Com isso, as pessoas começaram a consumir o produto, alegando que faria bem à saúde e que poderia evitar doenças cardiovasculares, entre outras.
No entanto, o estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia mostrou que a quantidade de ômega 3 no salmão é pouca perto do que sempre foi falado, provando que é preciso uma quantidade maior do que 100 gramas para se atingir a recomendação de 3g ao dia. Portanto, seria necessário o consumo de 380g por dia de salmão para ser atingida a quantidade de ômega 3 necessária para aproveitamento de seus benefícios.
O salmão ganhou essa questão de conter ômega 3, devido ao valor comercial que foi agregado ao produto, mas existe outros peixes que contém ômega 3.
O que pode ser alegado é que “O consumo do ácidos graxo ômega 3 auxilia na manutenção de níveis saudáveis dos triglicerídeos, desde que associado a uma alimentação equilibrada e a hábitos de vida saudáveis”, segundo a SBC.
Se ainda tiver dúvidas ou precisar de mais alguma informação, fale conosco através do telefone 2137-8555 ou pelo e-mail do setor de qualidade da Premier: qualidade@premierpescados.com.br.
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