Minha namorada não gosta de comida japonesa. E agora?
19 de janeiro de 2016Você gosta de samba, mas seu companheiro é do rock ’n’ roll. Você é fera nas Exatas, porém sua namorada estuda Ciências Humanas. Assim como na música “Eduardo e Mônica”, da banda Legião Urbana, na vida real os opostos costumam, frequentemente, se atrair.
É nessas horas que é preciso aceitar as diferenças e entrar em um consenso. No caso do engenheiro Márcio Harumi, é ele quem, na maioria das vezes, tenta encontrar um equilíbrio. Descendente de japoneses, é fã de comida japonesa desde criança. Já a sua namorada, a jornalista Vanessa Martins, não aprecia a culinária asiática tanto assim. “Muito antes da comida japonesa se popularizar no Brasil, minha família já consumia peixe cru e raiz forte. É algo que sempre esteve no cardápio de casa”, afirma ele.
Na hora de escolher um lugar para jantar, Márcio é insistente: sempre sugere ir ao restaurante japonês próximo à sua casa, em Moema, São Paulo. Quando aceita, Vanessa opta pelos pratos quentes, como yakissoba, salmão teriyaki, hot rolls e tempurá. “Já experimentei peixe cru, mas não gostei. Sempre me dizem que a primeira vez causa estranheza e que depois acostuma-se com o sabor, mas tenho medo de arriscar. Para ninguém sair perdendo, o acompanho com as opções mais “abrasileiradas”.
Já Eloísa Devicente, analista financeira, não tem a mesma sorte que Márcio. Seu marido, o professor Jairo Souza, é resistente a vários tipos de alimentos e não cede quando o assunto é ir a um restaurante japonês. “O Jairo é o tipo de pessoa que quando não gosta de um prato, não adianta insistir”. A alternativa que Eloísa encontrou para não passar vontade é comer comida japonesa com os colegas de trabalho, na hora do almoço. “É uma oportunidade de conciliar o gosto pelos sushis, sashimis e temakis e a socialização com os amigos.”
3